
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é uma estratégia eficaz na prevenção do HIV, que envolve o uso de medicamentos antirretrovirais por pessoas em risco elevado de infecção. O esquema medicamentoso utilizado é a combinação emtricitabina/tenofovir, que, apesar de apresentar boa segurança e eficácia, exige atenção especial à função renal, sobretudo em indivíduos com fatores de risco como hipertensão, diabetes ou doença renal crônica.
Terminologia Principal
PrEP (Profilaxia Pré-Exposição): Uso de medicamentos antirretrovirais por pessoas não infectadas para prevenir a infecção pelo HIV. Tenofovir: Antirretroviral frequentemente utilizado na PrEP, que pode impactar a função renal. Taxa de Filtração Glomerular (TFG): Medida da função renal que indica a eficiência dos rins em filtrar o sangue. Creatinina Sérica: Substância que, quando elevada, pode indicar comprometimento da função renal.
PrEP é uma estratégia inovadora e eficaz na prevenção do HIV.
Componentes Centrais
A PrEP é composta por três componentes principais: a avaliação de risco, a adesão ao tratamento e o monitoramento da saúde. A avaliação de risco envolve identificar indivíduos com maior probabilidade de exposição ao HIV. A adesão ao tratamento é crucial para garantir a eficácia da PrEP, enquanto o monitoramento regular da função renal é essencial para detectar possíveis efeitos adversos.
A adesão ao tratamento é crucial para garantir a eficácia da PrEP.
Aplicações Práticas
A implementação da PrEP tem se mostrado eficaz em diferentes populações, incluindo pessoas que fazem sexo sob efeito de substâncias químicas (chemsex) e aquelas em relacionamentos com parceiros HIV-positivos. Em um estudo realizado em São Paulo, a introdução da PrEP resultou em uma redução significativa nas novas infecções por HIV entre os grupos de maior vulnerabilidade.
A implementação da PrEP tem sido bem-sucedida em diversas populações.
Vantagens e Limitações
As vantagens da PrEP incluem a redução do risco de infecção pelo HIV em até 99% quando utilizada corretamente, além de promover uma maior conscientização sobre a saúde sexual. No entanto, as limitações incluem a necessidade de adesão rigorosa ao tratamento e o potencial impacto na função renal, que pode ser um fator limitante para pacientes com condições pré-existentes.
As vantagens da PrEP incluem a redução do risco de infecção pelo HIV em até 99%.
Melhores Práticas
As melhores práticas para a implementação da PrEP incluem: 1. Avaliação Inicial: Realizar exames laboratoriais para avaliar a função renal antes do início da PrEP, incluindo creatinina sérica e TFG. 2. Acompanhamento Regular: Monitorar a função renal a cada 6 meses ou conforme orientação médica, ajustando o tratamento conforme necessário. 3. Educação do Paciente: Informar os pacientes sobre a importância da adesão ao tratamento e os potenciais efeitos colaterais.
As melhores práticas para a implementação da PrEP incluem avaliação inicial e acompanhamento regular.
Casos de Uso do Mundo Real
Um exemplo prático é o programa de PrEP implementado em clínicas de saúde pública no Brasil, onde pacientes são acompanhados de perto. Um paciente com histórico de hipertensão foi iniciado na PrEP após uma avaliação cuidadosa. Durante o acompanhamento, foram observadas pequenas alterações nos níveis de creatinina, mas com monitoramento e ajustes na medicação, o paciente conseguiu manter a PrEP sem complicações significativas.
Um exemplo prático é o programa de PrEP implementado em clínicas de saúde pública no Brasil.
Considerações de Implementação
A implementação da PrEP deve ser realizada com cautela, especialmente em pessoas com risco elevado de complicações renais. É fundamental que os profissionais de saúde estejam capacitados para avaliar individualmente cada paciente, monitorando a função renal por meio da taxa de filtração glomerular (TFG). Vale destacar que a PrEP é contraindicada em pacientes com TFG inferior a 30 ml/min, pois nesse cenário o uso da medicação pode comprometer ainda mais a função dos rins e fora não ter sido estabelecido uma dose segura e que seja eficiente nessa população. Dessa forma, o acompanhamento adequado garante que a PrEP seja utilizada de maneira segura e eficaz na prevenção do HIV.
A implementação da PrEP deve ser feita com cautela, especialmente em populações com risco elevado de complicações renais.